Constato que quando estamos confortáveis com a vida vamos ficando acomodados e deixamos de apre(e)nder. No entanto, o mundo não se compadece com o comodismo e arranja uma forma de nos ultrapassar e às vezes nos esmagar. Depois vem o sofrimento, a instabilidade, a procura de ajuda, a mudança de interesses, a sensação de termos estado adormecidos.
Receio que, se nos voltarmos a equilibrar, se entre novamente no laxismo. Será que existe um equilíbrio, onde a memória, o vento na cara ou outro estímulo qualquer nos alimente a procura, o querer mais, sem ser necessário ir à praia durante a noite assistir a uma tempestade? Sem fazer como os artistas que procuram estar em carne viva (não gosto do termo mas aqui transmite o pretendido) para continuarem a produzir? É necessário estar mal para procurar ser melhor, para estar receptivo, para observar, para arriscar?
Este post foi escrito na primeira pessoa do plural apenas por pudor. Não quero estar a generalizar. E depois de ler uma entrevista do António Lobo Antunes, que cada vez mais associo a desassossego. Retive várias frases mas acho que o objectivo deste espaço é ser pessoal. Se estiver constantemente a citar deixa de o ser. Aqui está o link.
Reunião de (con)domínio
Há 8 meses
Estar menos bem pode ser um alerta para nos fazer avançar na procura, desde que não se caia em estados depressivos que causam desinteresse pela vida, pondo em causa tudo o que se fez até aí e até a importância de continuar a lutar pelos objectivos pessoais (e não só).
ResponderEliminarEstar bem e optimista faz avançar mais rapidamente, ganhando-se força para essa procura.
O equilíbrio que nos alimente na procura, penso que se prende sobretudo numa estabilidade emocional, sobretudo connosco mesmos. Só estando bem, teremos o discernimento necessário para vermos por onde ir assim como as forças para seguir.
Primeira pessoa do plural!?
ResponderEliminarconstato
receio
não gosto
Demóstenes, tens razão, foi uma mistura. Nos exemplos que apontas pareceu-me inadequado utilizar o plural pois iria ser o majestático. De qualquer forma, as formas verbais não eram o essencial da mensagem, como sabes…
ResponderEliminarFD,
ResponderEliminarA mensagem, essa, é clara e exigente. Já comprei até uma metafórica cama de pregos, muito à faquir, de modo a nunca me sentir confortável e acomodado.
A propósito do Bismarck, deixei uma adenda ao teu pertinente comentário, em forma de outro, no meu blogue.
Abraço cordial