Há uns dias, no metro, quando estava a olhar para todas as caras sérias dispersas pela carruagem, comecei a interiorizar que aqueles adultos pendurados nos varões foram, em tempos, crianças. Então comecei a vê-los correr, a fazer disparates, aos saltos e aos gritos, com toda a actividade e diversidade característica da infância. Depois regressei à fotografia estática e sorumbática mas não sem, também, continuar a sentir aquelas oliveiras encarquilhadas com um bocadinho, esquecido, de irreverência infantil e então já não as consegui levar a sério.
A divagação não teve o objectivo de desmistificar quem estava à minha frente. Simplesmente aconteceu, como mais um subproduto. Aliás, não houve qualquer objectivo. No entanto, também poderia servir para deixar um qualquer apresentador mais à vontade perante uma audiência, como aquela cena de imaginar a plateia nua. Mais um subproduto.
#naoesquecer
Há 7 anos
Um pouco ao lado do assunto, o que essas cenas sempre me fazem lembrar é do desejo de todas as crianças de, finalmente, conseguirem chegar ao varão pendurado do tecto. Não sabem quão bom é ainda não o alcançar...
ResponderEliminarUm paradoxo, as crianças e os adultos a quererem trocar de posições. A insatisfação permanente...
ResponderEliminarPelo menos os que tiverem sorte lembram-se dos bons velhos tempos em que não chegavam ao dito varão!
ResponderEliminarGostei desta sua "divagação", é muito interessante, fez-me recordar num passado não muito distante, quando determinados espécimes humanos me tentavam emproadamente "enrolar", eu imaginava-os em situações íntimas, desde o estarem a urinar...até , até, até... e ia ouvindo pacientemente o "puxar de galões" e a tentativa de meter uma cunha, normalmente acabava por dar um tremendo NÃO, com um rasgado sorriso.
ResponderEliminare será que, aquilo que fomos em crianças, determina o adulto que seremos?
ResponderEliminarmaria teresa, obrigado. Imagino que o sorriso fosse de algum riso contido e não só de complacência.
ResponderEliminarmomentU, sim, acredito veementemente que as vivências de infância condicionem formas de actuação posteriores, contra as quais o livre arbítrio pode lutar mas nunca apagar. Há gravações que nem se sabe que existem.
Eu que tenho uma aversão contifa pelos seres pequenos (trauma de infância concerteza) procuro não realizar esses exercícios mentais....:)
ResponderEliminarDicionário Lello & Irmãos:
Sr das Trevas (ou aquele cujo nome não deve ser pronuncionado)= "Ah seu grande FDP que não me ligaste a ponta de um corno".
Vendedora de Bimbis = esqueleto com pernas de 1,80 que vende, efectivamente, Bimbis...
contifa=contida
ResponderEliminarViviane, habitualmente, os traumas são lidados com a exposição gradual aos mesmos, ou com a discussão dos assuntos em ambientes seguros (não necessariamente aqui, obviamente), promoção da auto-consciência, ou mais uma vez, com a utilização de dicionários (em “concerteza”).
ResponderEliminarCongratulo-te por teres utilizado o dicionário, três vezes, a bem dos blogues transparentes e livres de gralhas. Fica por esclarecer uma das contradições do Universo, ou seja, como desejar bem-estar e felicidade a um FDP. Deve ser explicada com a dualidade das partículas.
A livraria da Lello é bonita.
"Shame on me" pelo insulto à língua e pela conspurcação do teu blog ( quer com evidentes traumas, com um id mal controlado e com os pontapés no dicionário).
ResponderEliminarVou controlar-me afincadamente para que não volte a acontecer!
Também gostei muito da tua divagação... e de repente fiquei nostálgica e com saudades deste mundo blogosférico do qual me "afastei" um bocadinho...
ResponderEliminarAh, a livraria Lello é linda :)
eva, olá, gostei que tivesses aparecido.
ResponderEliminarQuem dera fossemos sempre como as crianças!
ResponderEliminarBjos
♫♫♫ Um Feliz Natal!!!
ResponderEliminar♥
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