quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Útil para os próximos tempos

hagreve.pt

Desigual

"Sem desfalecimento, um e outro lutavam, o som com a obstinação do desespero e a certeza da morte, o silêncio com o desdém da eternidade."
José Saramago
Claraboia

domingo, 8 de julho de 2012

Para aprofundar


Ontem pensei que a intensidade com que sinto os meus atritos e incompatibilidades com o resto das unidades de carbono parece ser diretamente proporcional à seriedade e complexidade com que me vejo. Quando a minha finitude está presente e observo a minha vida quase como um ciclo biológico, como os retratados nos episódios do BBC Natural World, os sofrimentos passam para o plano das alfinetadas necessárias à sobrevivência e reprodução.

Devo estar na idade em que adapto todas as elaborações para me continuar a mexer e direciono-as para assegurar a sobrevivência e reprodução dos meus filhos :)

Felicidade


Uma amiga definiu a felicidade como um estado de espírito onde sentimos que tudo (passado, ações presentes, objetivos...) se encaixa na perfeição. Acrescento eu... o que permite contemplar qualquer pormenor aparentemente corriqueiro, como a erva a crescer no passeio, o vento a entrar pela janela do carro ou a silhueta de um monumento numa noite clara como algo merecedor de agradecimento pela vida que tenho.

Foram passageiros mas já tive momentos desses.

Não, não me tornei religioso :)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Solstício

Desejo um bom Natal junto de quem gostam.

sábado, 15 de outubro de 2011

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“We read to know that we are not alone.”
C.S. Lewis

domingo, 31 de julho de 2011

Sim

Este post traduz a constatação de que não tenho andado por aqui e antecipação de que vou continuar a não andar. Peço desculpa por só agora escrever e pelo que agora vou escrever, por ser tão pouco. Na panela das justificações junto falta de forças; angústia de não poder ser explícito nem completo; ambição pela perfeição; vergonha por não corresponder; muita ocupação com o trabalho; vontade de fugir, esconder-me, dormir... Fragilidade em geral. Peço desculpa.

Agradeço a quem partilhou aqui e nos seus blogues o seu tempo, emoções, frustrações e esforço. Sinto um calor no coração quando recordo as pessoas com quem fui falando por aqui e que me ajudaram e aguentaram.

Os aspectos menos bons que identifiquei neste meio (e noutros) foram mesmo o sentido de incompletude e as várias dificuldades associadas à escrita. Parafraseando uma amiga, lembro-me de me fazer falta uma pessoa e as oportunidades para, de vez em quando, estar a falar descontraidamente (ou densamente) numa esplanada vazia ou no jardim (os bancos de jardim são recorrentes), a olhar para o vazio, sem escrever nada, simplesmente a falar baixinho (ou alto), a mudar os tons de voz e as expressões faciais. Para partilhar a postração ou o riso descontrolado. Pois, acho que sou assim um bocado para o ambicioso/insatisfeito.

Permitam-me o desabafo incompleto e a trivialidade... há que aguentar e fazer por dias melhores.

Obrigado pela identificação, pelas alegrias, pela oportunidade de me sentir útil, pelo envolvimento e por tudo.

Lágrima, lágrima, sorriso, sorriso.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Metro 3

Há uns dias, no metro, quando estava a olhar para todas as caras sérias dispersas pela carruagem, comecei a interiorizar que aqueles adultos pendurados nos varões foram, em tempos, crianças. Então comecei a vê-los correr, a fazer disparates, aos saltos e aos gritos, com toda a actividade e diversidade característica da infância. Depois regressei à fotografia estática e sorumbática mas não sem, também, continuar a sentir aquelas oliveiras encarquilhadas com um bocadinho, esquecido, de irreverência infantil e então já não as consegui levar a sério.

A divagação não teve o objectivo de desmistificar quem estava à minha frente. Simplesmente aconteceu, como mais um subproduto. Aliás, não houve qualquer objectivo. No entanto, também poderia servir para deixar um qualquer apresentador mais à vontade perante uma audiência, como aquela cena de imaginar a plateia nua. Mais um subproduto.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago

Reproduzo aqui a mensagem que lhe enviei há uns tempos…

Estimado Sr. José Saramago,

Obrigado. Gostaria de fazer reflectir neste agradecimento a intensidade da gratidão que lhe tenho por partilhar o seu ser através das obras que publica. Ajudou-me muito e vai continuar a ajudar-me.

Com enorme apreço,

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quê?

Instantes captados

...no metro, uma senhora a falar alto ao telemóvel:
- Vou ainda hoje levar-lhe um pão benzido, que foi benzido à minha frente, para você comer durante o dia.

...no ginásio, entre 2 praticantes de musculação:
- Sabes qual é o gajo com mais abdominais do mundo?
- Não.
- É o abdominal homem das neves, HÁ, HÁ, HÁ.
- …