Este post traduz a constatação de que não tenho andado por aqui e antecipação de que vou continuar a não andar. Peço desculpa por só agora escrever e pelo que agora vou escrever, por ser tão pouco. Na panela das justificações junto falta de forças; angústia de não poder ser explícito nem completo; ambição pela perfeição; vergonha por não corresponder; muita ocupação com o trabalho; vontade de fugir, esconder-me, dormir... Fragilidade em geral. Peço desculpa.
Agradeço a quem partilhou aqui e nos seus blogues o seu tempo, emoções, frustrações e esforço. Sinto um calor no coração quando recordo as pessoas com quem fui falando por aqui e que me ajudaram e aguentaram.
Os aspectos menos bons que identifiquei neste meio (e noutros) foram mesmo o sentido de incompletude e as várias dificuldades associadas à escrita. Parafraseando uma amiga, lembro-me de me fazer falta uma pessoa e as oportunidades para, de vez em quando, estar a falar descontraidamente (ou densamente) numa esplanada vazia ou no jardim (os bancos de jardim são recorrentes), a olhar para o vazio, sem escrever nada, simplesmente a falar baixinho (ou alto), a mudar os tons de voz e as expressões faciais. Para partilhar a postração ou o riso descontrolado. Pois, acho que sou assim um bocado para o ambicioso/insatisfeito.
Permitam-me o desabafo incompleto e a trivialidade... há que aguentar e fazer por dias melhores.
Obrigado pela identificação, pelas alegrias, pela oportunidade de me sentir útil, pelo envolvimento e por tudo.
Lágrima, lágrima, sorriso, sorriso.